mkboy 1 Denunciar post Postado Fevereiro 3, 2004 Alguem tem noticias do ataque a Microsoft?Tudo correu conforme programado. Na madrugada de domingo, centenas de milhares de computadores ao redor do mundo, transformados em obedientes zumbis pelo vírus MyDoom.A, começaram a enviar solicitações de serviço ao site da empresa norte-americana de softwares SCO. Não deu outra: em pouco tempo, o ataque deixou a página da empresa na internet fora do ar. A promessa de Jeff Carlon, diretor mundial de Tecnologia da Informação da SCO, de que havia "um plano emergencial para lidar com este problema", resumiu-se a colocar no ar ontem uma cópia do site em outro endereço, pois o original continua inacessível. Desde que foi detectado, em 26 de janeiro, com provável origem na Rússia, segundo informou o laboratório russo de antivírus Kaspersky, o vírus MyDoom já infectou mais de um milhão de computadores em todo o planeta, o que o torna líder do ranking dos ataques de pragas virtuais. Na sexta-feira, 40% dos e-mails que circulavam pelo mundo estavam infectados. Os prejuízos foram estimados em US$ 26,1 bilhões até o momento, segundo a empresa britânica de segurança mi2g, que calcula os danos com base na perda de produtividade e de negócios, consumo desnecessário de banda larga e custos de recuperação das redes. A lentidão para navegar na web é facilmente percebida, pois o vírus continua se auto-enviando a partir das máquinas contaminadas, numa velocidade que alcança 200 e-mails por minuto. Hoje é o dia em que a versão B do MyDoom deve iniciar o ataque ao site da Microsoft e bombardear novamente o da SCO. A "negação de serviço" (Denial of Service) –que consiste em fazer com que os computadores "escravizados" fiquem tentando acessar a página indicada pelo vírus até que ela saia do ar– deve continuar até o dia12, quando MyDoom (do inglês doom: condenação, julgamento, ruína, perdição) perde a função. Previsão – No final de 2002, o instituto de pesquisa e consultoria em tecnologia IDC divulgou em suas previsões anuais para 2003, feitas por 700 analistas e 100 empresários do setor, que a internet sofreria um ataque cyberterrorista capaz paralisá-la por até dois dias. Segundo o analista-chefe do IDC, John Gantz, poderia ser um ataque de negação de serviço, invasão de redes ou mesmo um ataque físico a prédios com instalações importantes para a rede. "A provável guerra no Iraque deverá reunir os hackers contra nós", previu Gantz na época. Enquanto o FBI, a CIA, a Interpol e milhares de hackers correm atrás do autor de MyDoom na tentativa de embolsar as duas recompensas de US$ 250 mil cada, oferecidas pela SCO e Microsoft para quem descobrir a pista certa, a previsão de Gantz ecoa assustadora, embora com um mês de atraso. Já os desenvolvedores de Linux e defensores do software livre correm atrás do prejuízo para esclarecer os boatos de que o "mundo Linux" seria o autor do vírus, devido às suas diferenças com as duas empresas atacadas. Diante de seu PC equipado com Windows XP, o engenheiro, programador e consultor de TI Ricardo Bánffy, diz que se sente "quase insultado" pelas acusações da SCO contra os fãs de Linus Torvalds. "A chamada comunidade Linux não tem um comitê central nem células terroristas. São grupos que se unem por afinidades, por interesses compartilhados. O software livre não é uma causa, é um investimento racional", defende Bánffy. Os três "P" – Mas, afinal, por que empresas e usuários domésticos são contaminados por pragas como o MyDoom? Por que, num país de língua portuguesa, as pessoas abrem e executam e-mails com cabeçalhos em inglês, mesmo sabendo que podem conter vírus? Por que os usuários gastam dinheiro com programas antivírus e depois não os usam corretamente? Os especialistas têm várias explicações. A mais usada é a de que os vírus são feitos com técnicas de "engenharia social", ou seja, os assuntos mostrados nos cabeçalhos induzem a pessoa a abrir o e-mail. O MyDoom chega dizendo "Hi", um simples "oi", ou então se disfarça de aviso de e-mail devolvido. Mas as verdadeiras razões podem ser resumidas em três palavras: pressa, preguiça e prioridade. "A primeira questão é cultural", explica o consultor de TI Aguinaldo Caiado de Castro. "As pessoas não têm ainda a cultura da segurança cibernética. Só percebem a importância quando quebram a cara e perdem todos os arquivos. Com as empresas é a mesma coisa: segurança custa caro, então vão deixando para depois", afirma. Pressa – Outro ponto é a pressa. Segundo o consultor, os programas antivírus ocupam memória RAM e tempo de execução, deixando o PC mais lento. Quando percebe isso, o usuário tende a desativar a ferramenta. "Para os internautas, velocidade de navegação é como dinheiro, quanto mais melhor. O usuário acha que está ganhando tempo ao desabilitar o antivírus, mas quando uma praga virtual o atacar e acabar com seus dados, ele perderá todo o tempo economizado, além de informações irrecuperáveis", analisa Caiado. Preguiça – A preguiça é tão grave quanto a pressa porque, segundo o consultor, "a cada seis meses aparece um vírus que acaba com a vida do usuário, por mais proteção que ele tenha". Por isso, Caiado defende o backup como a única solução realmente eficaz contra a perda de dados. "Se uma empresa, por exemplo, tem pagamentos e recebimentos quinzenais, esse é o prazo máximo para backup. Porque se houver qualquer problema nos computadores, é como perder um malote de cheques: sem cópia da listagem que identifica cada um dos cheques, não se pode nem dar queixa à polícia de furto ou roubo", avalia Caiado. A regra vale para usuários domésticos e estudantes: "Quem está fazendo um trabalho escolar ou um projeto deve fazer backup diário. O resultado da preguiça de fazer pode ser a volta à estaca zero". Prioridade – Lúcio Costa de Almeida, analista sênior de suporte técnico da Symantec do Brasil, diz que muitos usuários do Norton, o programa antivírus da empresa, têm uma ordem inversa de prioridades no que se refere à segurança: "O usuário primeiro se conecta, baixa os e-mails que podem estar contaminados e, enquanto lê, faz a atualização do antivírus. Acaba se infectando e liga para nós dizendo que o software não funcionou. Atualizar o antivírus é a primeira coisa que se deve fazer ao ligar o PC. Sem isso, nenhum programa funcionará", explica Lúcio Costa. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
wxkj 0 Denunciar post Postado Fevereiro 3, 2004 SCO e Microsoft se fuderam, o mundo da informática é muito maior do que o monopólio que empregam. E viva o software livre! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
EmeDial 0 Denunciar post Postado Fevereiro 6, 2004 são com as vulnerabilidades que a informática cresce!!!!!!!!! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites