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João Prado

[Resolvido] Cores de Escala, HiFi Color/Pantone e Cores Especiais

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No design, um dos assuntos mais importantes retratados é o uso da cor de maneira correta, principalmente na hora da impressão. A cor ela tem essa representação que causa sensações diferentes dependendo do tipo de cor, mas hoje explicarei os diversos tipos de cores que podem ser experimentados e usados na hora da impressão.

 

Cores de Escala – Europa/CMYK

 

Primeiramente, explicando a policromia, que seria o processo em que é possível simular diversas cores impressas usando somente algumas cores básicas. Essas cores são denominadas cores de seleção. É apartir das retículas e das misturas das cores de seleção, sendo possível criar diversos tipos de cores, chamada de escala.

As Cores de Escala são então as cores geradas pelas cores de seleção (cores básicas). A escala formada para impressão de policromias é formada através das cores de seleção ciano, magenta, amarelo e preto, chamada de Escala Europa, ou mais conhecida como CMYK.

 

Um aspecto importante é sempre conferir a cor escolhida. Tendo a escala Europa completa em mãos, ou impressa, um designer tem como definir a cor que deseja aplicar numa área de seu layout. Todos os programas de computador utilizados para design gráfico dispõe da escala Europa. Mas você não deve escolher a cor pelo que vê na tela, pois elas aparecerão simuladas pela escala RGB, e não pela Europa. Em vez disso, o designer consulta a escala impressa e então aplica através do programa a cor de escala desejada, que será simulada na impressão através das retículas com as tintas nas cores de seleção.

 

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A indicação da cor desejada é realizada através de porcentagem – que é a medida utilizada para definir a quantidade de cada cor de seleção para se alcançar aquela cor da escala. Por exemplo: um determinado tom de laranja é feito com 80% de amarelo e 10% de magenta – isto significa que os pontos que formam a retícula do amarelo cobrirão teoricamente 80% daquela área do papel, enquanto os pontos magenta cobrirão apenas 10%. A mistura que nossos olhos farão destes pontos nos fará “ver” o laranja desejado.

 

Embora pareça complicado, é na verdade simples especificar a cor, pois a própria escala impressa, na maioria das vezes é encontrada na gráfica aonde o designer irá imprimir seus materiais, indica as porcentagens das cores de seleção que formam cada uma de suas cores. O designer identifica estas porcentagens e no programa de computador cria esta nova cor.

 

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HiFi Color e Hexacromia Pantone

 

Além da escala Europa, há ainda outras duas escalas para a impressão que contam hoje com processos de produção disponíveis no mercado – ambos de custo mais alto. A primeira delas é o chamado sistema HiFi Color, que acrescenta mais três cores de seleção às quatro da escala Europa: o vermelho, o verde e o azul violeta. Estas três cores visam, justamente, aperfeiçoar a simulação das cores com o acréscimo destas três tonalidades, que se assemelham às cores de seleção da escala RGB (vermelho, verde e azul).

 

O sistema, feito pela empresa Scitex, só pode ser aplicado, porém, a partir de equipamentos específicos para a produção de seus sete fotolitos e para a impressão utilizando a chamada retícula estocástica, já explicada no post Retículas, Meio-Tom e Imagem em Traço.

 

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A outra escala disponível – mas ainda rara no Brasil – é a Pantone Hexachrome (ou Hexacromia Pantone), lançada pela empresa Pantone em 1995 e patenteada por ela. Esta escala utiliza dois

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tons bastante saturados de laranja e verde, ao lado do ciano, do magenta, do amarelo e do preto.

 

Sua vantagem é que ela gera cores mais saturadas e vivas e, por ter mais cores de seleção, produz tons que a escala Europa não tem como alcançar, como tons de amarelo, laranja e verdes bem saturados quase que fosforescentes. Sua utilização, todavia, requer um custo maior (como são seis tintas são seis impressões, e o custo sai de acordo com o número de impressões) e é, por isso, indicada atualmente apenas para impressos de alto luxo ou projetos muito especiais.

 

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Cores Especiais

 

Assim como temos monocromias em meio-tom e a traço, também temos impressões coloridas que não utilizam meios-tons, apenas traço. Ou seja: suas cores não são produzidas por meios-tons, mas pelas tintas propriamente ditas – que são, em geral, duas ou três.

 

Estas impressões coloridas, porém, não são chamadas de policromias, mas simplesmente de impressões em duas ou três cores. E as cores das tintas utilizadas não são cores de escala, sim cores especiais. Uma cor especial é, justamente, qualquer uma que não seja o ciano, o magenta, o amarelo ou o preto – ou seja, qualquer cor que não seja impressa a partir da combinação das tintas ciano, magenta, amarelo e preto. No meio gráfico, o vermelho é uma cor especial quando impresso com tinta vermelha, assim como um determinado tom de amarelo que não seja aquele da escala, ou o verde, o lilás, o dourado, prata, etc.

 

Há gráficas que cobram um pequeno acréscimo pelo uso de cores especiais, justamente porque elas saem do padrão, requerendo um trabalho adicional. Primeiramente, a impressora terá de ser lavada especialmente para receber a nova tinta e, após finalizada a impressão é lavada novamente para retirá-la. Tal não ocorre com as tintas das cores de seleção, pois elas são utilizadas sucessivamente em diversos trabalhos, já que são padronizadas. E, em segundo lugar, porque a gráfica terá de adquirir a tinta daquela cor específica ou produzi-la através da mistura de outras tintas. Todavia, o acréscimo cobrado não é alto, sendo compatível com o benefício almejado.

 

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Situações para usar cores Especiais: Em primeiro lugar, quando queremos um impresso colorido mas dispomos de um orçamento baixo.

 

Uma impressão em CMYK por exemplo, faz com que os custos de pré-impressão e impressão (exceto o papel) sejam multiplicados por quatro, por serem quatro as cores da escala. Afinal, como observado anteriormente, cada tinta representa uma impressão em separado – e um impresso em policromia recebe, na realidade, quatro impressões. Em vez disso, opta-se por apenas duas ou três cores, barateando os custos. Pode-se obter resultados formidáveis desta forma.

 

Podemos então realizar um cartaz azul-claro e laranja mais ou menos pela metade dos custos. Em vez de utilizarmos a escala para simular estas cores, simplesmente serão utilizadas apenas tintas: uma azul-clara e outra laranja. Assim, temos apenas duas impressões – e não quatro.

 

Outro uso mais comum das cores especiais tem a conseqüência oposta: ele não barateia, mas encarece o impresso, por gerar a necessidade de uma quinta impressão. É quando se usa a cor especial, em adição às quatro da policromia, para o alcance de uma cor impossível de ser obtida através das cores de seleção. É o caso das cores metálicas (dourado, prata, cobre) e fosforescentes. Desta forma, além da impressão do ciano, do magenta, do amarelo e do preto, é feita uma quinta impressão utilizando-se da tinta na cor desejada.

 

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Espero que tenham gostado do post!

 

 

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