Ir para conteúdo

POWERED BY:

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

Marcelo Zep

O Simples e O Simplista

Recommended Posts

Primeiramente, oi a todos..."Segundamente", tentarei ser breve, prometo...Trabalho há 16 anos como redator/criativo. Durante este período, tive experiências em rádio (criação e produção de spot's), algumas em jornais e revistas (freela's, na maioria das vezes) e, desde 92, crio peças para agências de propaganda. Modestas, é verdade Em sua maioria, empresas do interior de São Paulo e de Minas Gerais, além de algumas de Cuiabá MT. Por um lado, penso que as várias limitações a que sou submetido são bem interessantes, uma vez que inevitavelmente me forçam a buscar soluções "criativas" e rápidas para os briefings. O "criativa", aqui, traduz-se, principalmente, em SIMPLICIDADE. E é aí, mais ou menos, que quero chegar... Com o passar dos anos e, provavelmente, como todo mundo que trabalha na área há algum tempo, a sensação que tenho quando recebo um briefing é a de um quebra-cabeças surge na minha frente. Então, sem o "pânico-hormonal" dos primeiros anos de atividade, calmamente junto as peças e monto as campanhas. Sou rápido para criar, mas não considero isso nem bom nem ruim, apenas um traço da minha "pegada". Então, também pelo passar das primaveras, a cada dia que passa mais intuitivamente caminho em direção à simplicidade para conceber peças, campanhas e seja lá o que for. Muito menos rebuscagens, bem mais intuição e sensiblidade. Pode parecer um absurdo lançar mão da intuição pra lidar com a grana alheia, mas quase sempre as idéias baseadas em títulos e motes simples, diretos e simpáticos soam bem mais agradáveis. Em plena era da tecnologia, infestada de "descartabilidades", individualismo e frieza, penso, humildemente, que os apelos mais francos, "normais" e, claro, criativos na medida do que pedem as campanhas são o melhor caminho. A música, no meu caso, ajuda demais a cristalizar a "simplicidade" como forma titular de expressão publicitária. Sei lá, prefiro 100 vezes Keith Richards a Steve Vai, por exemplo. Tá, sou eu quem prefere. E os consumidores? Pesquisas e números à parte, desconfio que eles também prefiram... Caramba, e o SIMPLISTA, cadê?Então, galera, infelizmente, e pra todo lado que olho, seja em potências do interior de SP, seja nas Gerais, no Sul do país e noutros ditos "centros mais desenvolvidos", canso de ver anúncios/spot's/vt's repletos de firulas tecnológicas e com pouca, pouquíssima inspiração. Títulos e textos (poxa, como detestam textos) frios, mas "arte" moderninha e descoladinha. Mensagens subjetivas, que por momentos me passam a idéia de "NÃO ME DECIFRE, EU VIM MESMO PRA CONFUNDIR" e, pior, quando passíveis de compreensão quase sempre estimulam a competição, a disputa e oscambáu...Tá, o que um babaca como eu, que muito fala e pouco conclui tá fazendo por aqui? Pô, propaganda tem que refletir a vangurada e, se a vanguarda é fria, egoísta e capitalistóide, que se dane o babaca! Sei lá, só queria escrever algumas coisas mesmo...Ah, o simplista, pra mim, significa muita bujiganga e pouca sensibilidade. E o simples, pouca bujiganga e muita sensibilidade.Abraço a todos, e obrigado pela paciência!Marcelo Brancato Tranjan

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Marcelo Brancato Tranjan, vou citar uma frase de Einstein:

 

"A intuição vale mais do que o conhecimento ..."

 

Na minha opinião ele errou em dizer isso, pois as duas coisas são importantes.

 

A criação individual é uma, e a coletiva é outra.

 

O consenso da época e do local é que vale.

 

Há artistas antigos (músicos e pintores) que morreram na miséria, e que hoje são altamente apreciados.

 

Gostei muito do que você escreveu, pois transmitiu idealismo e amor pelo seu trabalho.

 

As suas palavras carregaram muita energia emocional.

 

Dan http://forum.imasters.com.br/public/style_emoticons/default/clap.gif

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Marcelo Brancato Tranjan, vou citar uma frase de Einstein: "A intuição vale mais do que o conhecimento ..."Na minha opinião ele errou em dizer isso, pois as duas coisas são importantes.A criação individual é uma, e a coletiva é outra.O consenso da época e do local é que vale.Há artistas antigos (músicos e pintores) que morreram na miséria, e que hoje são altamente apreciados.Gostei muito do que você escreveu, pois transmitiu idealismo e amor pelo seu trabalho.As suas palavras carregaram muita energia emocional.Dan http://forum.imasters.com.br/public/style_emoticons/default/clap.gif

Poxa, Dandolo, obrigado duas vezes, pelo menos... pela paciência e pelo estímulo! Fico feliz por ter conseguido passar um pouco de "emoção" nestas linhas babacas que escrevi! Grande abraço e, se quiser, me adiciona: marcelo_brancato@hotmail.com

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

×

Informação importante

Ao usar o fórum, você concorda com nossos Termos e condições.