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Mário Monteiro

Microsoft altera texto que garantia '100% de eficiência' do an

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Microsoft altera texto que garantia '100% de eficiência' do antivírus

Especialistas afirmam que não existe software com essa capacidade.

Para a companhia, o 100% 'não se referia à detecção de vírus'.

 

Altieres Rohr Especial para o G1

 

Uma imagem no site principal do antivírus Security Essentials, no site da Microsoft Brasil, afirmava que o software era “ilimitado” e “100% eficiente”. O G1 levou as informações a especialistas, que apontaram a inexistência de um software com essa capacidade. Depois de notificada, a empresa alterou a imagem.

 

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Cabeçalho da página do Security Essentials no Brasil. (Foto: Reprodução)

 

A arte era exclusiva da página brasileira. Sites do Security Essentials no resto do mundo tinham outra imagem, igual a que hoje também foi colocada na página brasileira.

 

"O pessoal do marketing tende a exagerar”, afirma Peter Stelzhammer, vice-presidente do laboratório de testes AV-Comparatives – um dos poucos no mundo especializados em testes de desempenho antivírus. “Se algum fabricante diz que protege 100% de ameaças, na maioria das vezes, o pessoal do marketing está se referindo à Wildlist. Nesse caso, não é um testemunho falso, mas não condiz com o desempenho real do software antivírus”, explicou o especialista.

 

A Wildlist é uma lista contendo os vírus que estão em circulação. Ela foi criada em 1996 e é atualizada com a colaboração de vários pesquisadores antivírus. Com o passar dos anos, porém, ela deixou de representar a realidade de vírus ativos.

 

Testes antivírus de má qualidade usam apenas os vírus da Wildlist e os departamentos de marketing se aproveitaram da lista para usar o número de “100%” de forma verdadeira e ao mesmo tempo ilusória. A Wildlist de dezembro de 2010, por exemplo, possui apenas 569 vírus – nenhum deles brasileiro, embora várias fraudes tenham circulado no período.

 

“Quase todos os fabricantes hoje evitam esse tipo de afirmação porque causa confusão aos usuários”, informou Stelzhammer. Segundo o laboratório, não existe hoje um software capaz de detectar 100% das ameaças. No último teste do AV-Comparatives, realizado em agosto, o líder obteve 99,9%. Mesmo assim, Microsoft ficou em 10º lugar.

 

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Novo texto no site do antivírus segue padrão internacional da página, com afirmações mais difíceis de contestar. (Foto: Reprodução)

 

Mas a explicação da Microsoft para os 100% não envolveu a Wildlist. “O 100% da frase é em relação à eficiência do software e não sobre detecção de vírus e malware “, afirmou a companhia em um comunicado.

 

Questionada a respeito do que é “eficiência” em um software antivírus, a companhia disse ser a ideia de “integração com o Windows, pois o Security Essentials é desenvolvido exclusivamente para a plataforma e seu funcionamento é contínuo e transparente, inclusive nas atualizações, mantendo o usuário protegido durante todo o tempo em que ele estiver utilizando o computador”. “De qualquer forma, a Microsoft decidiu alterar a frase para que a comunicação fique mais clara”, disse o comunicado.

 

'Ilimitado'

Outro problema da peça publicitária era a palavra “ilimitado”. O Security Essentials não possui um limite de tempo de uso, mas possui, sim, uma limitação. Em empresas e outras organizações, ele pode ser usado em no máximo 10 computadores. Acima disso, é preciso adquirir a solução comercial da Microsoft. A empresa explicou que o “ilimitado” apenas “destaca a questão do tempo de uso do produto pelo usuário”. Somente o texto na página fazia referência à limitação.

 

Propaganda enganosa ou defeito

O advogado especializado em direito de informática Omar Kaminski explicou que as afirmações da Microsoft poderiam caracterizar propaganda enganosa ou dar base para possíveis reclamações sobre defeitos no software.

 

“O serviço prestado pode ser considerado defeituoso se não fornecer a segurança que o consumidor dele pode esperar. Assim, a Microsoft está sujeita a reparar o dano que isso porventura possa ter causado, independentemente de culpa”, explicou o advogado. A Microsoft, para ganhar um possível processo, teria que provar que houve culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

 

O advogado ainda levanta a possibilidade de a afirmação ser abrangente demais a ponto de prejudicar a concorrência. Outras companhias antivírus poderiam abrir queixas na Justiça ou órgãos como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

 

 

Fonte: G1

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seria a mesma coisa que eu criar um anti-virus que protege um computador apenas do vírus X. Aí é 100% mesmo

 

o pessoal argumentou bem. tinham razão, tanto que a M$ assumiu o erro, o que não é comum...

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