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DiMinas

Olha o Respeito!

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Sabe aqueles casais que ficam quietinhos na cama, compartilhando certas maravilhas discretamente, entre gemidos tímidos e olhares que reafirmam o carinho do momento? Pois é, eles eram absolutamente o contrário de tudo isso. Entre quatro paredes, os dois gostavam de embarcar num festival de tabefes, puxões de cabelo e xingamentos mútuos. A química funcionava assim, de uma maneira até então inédita para os dois. Pelo tanto de ofensas que trocavam, em nome daquele clima apimentado, parecia que nada os ofenderia na cama. Bem, quase nada, até aquela tarde:

 

- Ei, pára! Pára! Aí já é demais! - ela protestou, afastando-o, tão indignada quanto uma carola diante de um bordel.

- Mas o que eu fiz??? - ele reagiu, perplexo.

- Você viu do que você me chamou, viu? Ah, tenha paciência. Pra tudo tem um limite!!! Acabou! Tchau!

- Calma, vamos conversar… O que eu falei que te deixou tão horrorizada, potranca?

- Você me chamou de… bruaca!! BRUACA!!!??? Faça-me o favor…

- E daí? - ele riu - Eu já te chamei de tanta coisa pior, ora essa… Ah, vem cá, vem… Minha bruaca…

- Êpa! Eu já falei, bruaca, não! Bruaca, não! Tá doido, é? Tudo, menos isso!

- Mas…

- Então quer dizer que só porque a gente vem fazendo tudo isso de maneira mais… mais… intensa, que você já pode ir descendo o nível, me classificando de… bruaca?!

- Não viaja…

- Bruaca, pro seu juízo, é a imbecil da sua mãe, tá bom?

- Ôpa! Peraí, não precisa ofender a minha mãe, potrancuda.

- Olha aí, tá vendo? A sua mãezinha, a santinha, não pode ser uma bruaca… Agora, eu, sem problemas… Que coisa, hein?

- Ué, mas eu não me dirigiria a minha mãe por nenhum dos nomes que chamo você aqui na cama. Nenhum. Isso é óbvio, ora essa.

- Tudo bem, já entendi. Eu não passo de uma bruaca. Áfe.

- Quanto drama, hein? A gente estava indo tão bem, eu já quase chegando lá, e precisávamos parar por causa de um nomezinho besta? Vem cá, ordinária… safada… vem.

- Sai fora…

- Mas… imagine se eu ficasse ofendido a toda vez que eu me ofendesse com algum xingamento seu, nessas horas.

- Ah, nem vem. Nem vem! Eu sigo uma ética, de nunca ultrapassar um certo limite de respeito aqui em cima da cama. Eu tenho bom senso. Vai me dizer que você já se ofendeu com algo que eu disse aqui…

- Já.

- Duvido! Você quer que eu me sinta culpada. Então, tá. O que já te deixou ofendido, por exemplo?

- Eu odeio quando você me chama de mocorongo.

- Hein?

- É isso aí. Quer saber? Mocorongo é o seu pai.

- Não fala assim do meu pai, seu… mocorongo!

- Ah, então o seu pai, aquele santinho, não pode ser um mocorongo… Agora, eu, sem problemas… Que coisa, hein?

- É diferente. Aqui na cama, eu usei esse nome dentro de um outro contexto, pra esquentar ainda mais as coisas, entende?

- Ah, você não imagina como eu fico excitado toda vez que você fala algo no estilo “Vem com tudo, mocorongo! Vem, meu mocorongão!!!” Nessas horas, você não imagina o esforço que preciso fazer pra me manter ali, na maior firmeza…

- Custava me falar na hora que isso o desagradava? Custava?

- Ok, ok… Eu devia ter falado. Olha, me desculpe por eu ter chamado você de bruaca, tudo bem? Perdão.

- Tá bom, nunca mais te chamo de mocorongo, ok?

- Certo… então volta aqui pro meu lado, volta, sua safada, cachorra…

- Hum… assim eu gosto… continua, meu sarnentão cafajeste…

- Assim, assim… salafrária, fraudadora do INSS…

- Êpa, olha o nível, MOCORONGO!!!!

- BRUACA!

 

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