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Mário Monteiro

A rede mundial de pessoas e essa coisa internet

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A rede mundial de pessoas e essa coisa internet

 

A cada dia, avalanches de novos brasileiros entram na internet. Nunca ouviram falar do Cadê?, desconhecem IRC, Napster, guerra dos browsers. E os mais velhos na coisa se sentem como petistas no poder.

 

Por Roberto Cassano

 

Algumas coisas óbvias podem ser surpreendentes. Aliás, olhar e analisar o óbvio é um saudável exercício que todos deveriam praticar. Aconteceu comigo quando fui tentar resumir o que, hoje, é a internet.

 

Foi como estar num restaurante giratório. Você dá a primeira garfada no bife enquanto observa a vista. E quando está encurralando a última ervilha na borda do prato, olha de novo para a janela envidraçada e se surpreende por tudo estar diferente. Você sabe que está no mesmo restaurante, na mesma cidade, com o mesmo bife com ervilhas, sabe que o restaurante está girando e ainda assim se surpreende ao notar, de repente, que o panorama mudou completamente.

 

Quando a internet ganhou as páginas dos jornais, na segunda metade dos anos 90 (e quando a maioria de nós formou sua visão do que é esse treco), a palavra-chave para ela era ACESSO. É só lembrar. Uns 9 em 10 comentários mencionavam o fato de você “poder ver os quadros do Louvre sem sair de casa”. Ou a ver Biblioteca do Congresso Americano. Ou acessar as livrarias e lojas do mundo todo. Ou tentar acompanhar uma rádio da Bósnia pelo RealPlayer, com aquela sua conexão horrorosa e picotada.

 

A internet abriu as portas para um novo mundo. E como era esse mundo? Bem dizia toda e qualquer menção a ela na Rede Globo: “internet – vírgula – a rede mundial de computadores – vírgula”. Era você, humano, entrando num emaranhado de máquinas. Tron. Matrix. Neuromancer.

 

Éramos forasteiros. Voyeurs de dados.

 

O que a gente fazia na rede? Surfava. Navegava. Pulava de site em site. A internet, estar online, era, em si, a atividade. Meio e fim.

 

E nos fascinamos em acompanhar cada passo, cada software, cada inovação, cada viral. Tão atento que somos em buscar o hoje, o agora, o daqui a pouco, nos surpreendemos ao olhar pela vidraça e perceber que, de forma tão contínua que nem notamos, o panorama mudou completamente.

 

A cada dia, avalanches de novos brasileiros entram na internet. Entram em lan-houses. Ou em seus computadores Positivo comprados em 24 vezes nas Casas Bahia. Brasileiros jovens. Brasileiros velhos.

 

Brasileiros que nunca ouviram falar do Cadê?. Nunca acessaram o Yahoo!. Nem sabem do JB Online, o primeiro jornal brasileiro na internet. Desconhecem IRC, Napster, guerra dos browsers.

 

A internet deles é outra. Completamente diferente.

 

Eles têm o Orkut como ponto de partida. Como seu sistema operacional. É no Orkut que interagem com fotos, com vídeos, com amigos. O MSN é seu e-mail. E para eles, internet não tem nada a ver com acesso. Internet, para eles, é RELACIONAMENTO.

 

Essa geração (não só etária, mas sobretudo econômica) nunca conheceu uma web solitária, da navegação noturna, surf virtual madrugadas a dentro. As redes sociais não são a mais nova e quente novidade. A web para eles é necessariamente uma atividade social. É inerente. Faz parte. Pão e manteiga. A característica gregária de novo povo, então, torna isso ainda mais forte.

 

Para eles, a internet não tem a menor cara de “rede mundial de computadores”. É uma rede de pessoas. Amigos, dos amigos, dos amigos. Comunidades das comunidades.

 

Quando eles “surfam”, é praticamente uma pesca com rede de arrasto. Recentemente, o guru Jacob Nielsen alertou: “os usuários estão ficando mais egoístas e impacientes”. Claro. Nunca tiveram modem de 2.400. Não se fascinam com hiperlinks, sites que se ligam… entram no Google, digitam o que querem, entram no site (pela porta dos fundos), resolvem sua vida, caem fora e vão socializar. A internet já não é fim, é meio.

 

A gente vem falando isso há alguns anos, mas é como um petista no poder. De repente aquele discurso todo vira realidade, ali do lado de fora da janela giratória. Visões e sonhos realizados são sempre assustadores, porque a gente precisa rapidinho achar algo novo pra sonhar.

 

Entender, embarcar e respeitar essa nova dinâmica social da rede, portanto, está longe de ser a “nova moda dos publicitários”. E, mais importante, não está ligada a tecnologia nenhuma. Second Life, Orkut, Open Social… não importa. A gente finalmente não está mais falando de computadores.

 

Já não somos forasteiros na matrix. O mundo é o nosso. Mundo real. Com baleia morrendo, aquecimento global, dengue, PT, Bush e créu. Esse mundo que é uma grande rede mundial de pessoas, onde elas propagam idéias em velocidade estonteante. É nele que estamos inseridos. É ele que vemos do lado de fora da janela. É ele que vemos quando ligamos nossos computadores, celulares, videogames e nabaztags nessa coisa chamada internet. [Webinsider]

 

Fonte: http://webinsider.uol.com.br/index.php/200...amada-internet/

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é a evolução. Nao tem como evitar.

 

é o mesmo que falar... ahh na minha época eu noa ficava o dia todo na internet, eu pulava amarelinha, soltava pipa, jogava bolinha de gude, brincava de médico(minha brincadeira favorita.. rssr), pique bandeira(bandeirinha), pular corda etc et etc...

 

 

mas pergunta: Havia algo para se fazer que nao fosse isso?

 

 

hoje o mund é outro... MMORPG, MIséni, yOrgut, Second Life, Wii etc etc...

 

 

é a EVOLUÇÂO as coisas nao param e temos que nos adaptar ou morrer.

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Sem contar a segurança que hoje nao se tem mais tanta para deixar as crianças nas ruas

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Sem contar a segurança que hoje nao se tem mais tanta para deixar as crianças nas ruas

Mario, lembro-me que minha avó e minhas tias e mae sempre falava assim na minha adolescencia: Fabio Cuidado! Na nossa época agente brincava tranquila na rua mas hoje não dá, CUIDADO!

 

bem, isso só piorou e MUITO!!!!! No Rio onde fui criado ta um absurdo sobreviver... isso memo SOBREVIVER!!! pq assim q as pessoas fazem lá... preocupação o tempo todooo ahhh iso nao é vida..

 

 

ai pra onde as pessoas vao? pq PC claro... e pro iMasters

 

 

rsrsr

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Com certeza

 

Eu brinquei muito na rua mas creio que meu filho nao poderá fazer isso pelo menos nao tao intensamente

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nao é nem questao de seguranca, a maioria dos predios novos tem play

pergunta pra alguem com 12 a 16 anos o que preferem, ir pro play ou pro computador, vai geral pro pc

 

periferia é perigosa, favela é perigosa e morro é perigoso, todos sao pobres e nao tem pc, mas qq canto você ve gente batendo bola e soltando pipa

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o povao que ficou pra tras no tempo se assusta com a internet assim como as pessoas se surpreendiam ao ver um rádio ou uma TV há 30 anos atrás.

 

nós que lidamos com tecnologia nao precebemos esse impacto porque vivemos disso.

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Então uma outra reflexão a ser feita é... "Precisamos dos computadores ou eles precisam de nós?"

 

Conheço pessoas que não sabem dizer objetivamente para que serve um computador que não possui conexão com internet.

 

*rs*

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É verdade... a internet está mesmo intimamente ligada a imagem do computador

 

um usuario que nao vive de TI nao ve mesmo utilidade para um computador sem

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Sim Pantoja... Uma coisa esta diretamente relacionada com a outra... foi uma "evolução natural", por assim dizer.

 

O problema é que essa "evolução" acontece tão rápido que, como o próprio artigo diz, muitos são conhecem Cadê?, ICQ, e outras coisas que, em sua época, eram fantásticos... a própria internet contribuiu para aprimorar esta "evolução".

 

Analisar o óbvio? Pq ele não fala sobre qual será o novo recurso implementado no Orkut ou qual será a nova busca do Google? :P

 

Há pelo menos 10 anos pessoas comuns, faziam seus trabalhos comuns da mesma maneira como vinham fazendo e a coisa toda funcionava, hoje em dia as pessoas fazem seus trabalhos complexos, usando seus computadores com sistemas complexos e caros que resolvem em parte ou não resolvem os mesmos problemas que ele resolvia, sem os computadores, 10 anos atras. *rs*

 

Será que algum dia vamos chegar ao "Scanner do Tempo", relatado no livro "O Passaro Raro" de Jostein Gaarder?

http://www.submarino.com.br/business/i_fir...mp;prodtypeid=1

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