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Dadaismo

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Em 1916, surge oficialmente na cidade de Zurique, Suiça, o dadaísmo ou movimento dadá, que causaria uma ruptura sem precedentes na história da arte.

O seu manifesto foi redigido nesta cidade por Tristan Tzara e Hugo Ball, este último, abriu o cabaré Voltaire, onde fomentaram as idéias do movimento, que selecionaram ao acaso no dicionário a palavra que daria nome ao mesmo. Segundo o que se conta, Tristan Tzara abriu o dicionário ao acaso e passando o dedo pela página selecionou sem ver uma palavra: “dada”, termo francês que significa cavalo, na linguagem infantil. Assim como o nome nada significava, os próprios artistas diriam que sua obra seria sem sentido, ao menos perceptível, mas sabe-se que a sua arte era realmente inovadora, tanto do ponto de vista formal como conteudístico.

O grupo dadaísta era formado por artistas de origens diversas. Cada um deles abandonara seu país e fora para a Suiça, a neutralidade na guerra assumido por esse país, foi o fator primordial para a escolha do refúgio, caso contrário muitos desses jovens artistas teriam que prestar serviço militar em seus países de origem.

Além de questionar o ofício das artes, o movimento negava as ciências e as descobertas recentes da humanidade por julgá-las incapazes de humanizar as sociedades, todavia as teorias psicanalíticas de Freud tiveram sobre eles forte influência. Surge então a primeira negação dos valores tradicionais, que seria experimentada ao extremo com o polêmico manifesto futurista, redigido por Marinetti, idealizador do futurismo.

Influenciados pelas teorias de Freud e a descoberta do inconsciente, esses artistas buscavam a representação de algo extremamente profundo e não formalmente conexo, como indicaria o racional. Buscavam a expressão de um sentimento humano frente aos horrores da guerra e seus prejuízos materiais e principalmente humanos.

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O automatismo psíquico, processo onde o artista tenta desligar-se do mundo real, negando sua racionalidade e tentando “ouvir” as vozes de seu inconsciente, e também “ouvir” o coro de vozes ao seu redor.

Seu nome mais conhecido é o de Marcel Duchamp (1887-1968), que embora não tenha feito parte do grupo dadaísta compartilhava seus ideais, transgrediu o próprio conceito de arte ao colocar em uma galeria uma latrina, chamada por ele de “A fonte” e uma roda de Bicicleta, em um lugar onde supostamente deveriam estar “verdadeiras” obras de arte, dentro de um conceito clássico. Além dele nomes como Francis Picabia (1879-1953) e Max Ernest (1891-1976) levaram o dadaísmo ao seu apogeu precoce poucos anos depois, já que com a reconstrução da europa em marcha, o fantasma da guerra ia sendo esquecido e abrindo novos horizontes para arte.

O fim oficial do movimento data de 1920. Sendo que uma parte do grupo se radicaria em Paris, onde André Breton redigiria o manifesto surrealista em 1924, seu principal expoente intelectual.

Apesar do fim do movimento, já que grande parte destes artistas se transformaram em surrealistas, o movimento dadaísta criava e estabelecia sua própria estética, que influenciava os artistas da Pop-arte americana e estabelecia a grande ruptura do século: a discussão sobre o que é e a finalidade da arte para a homem.

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Reproduções:

Marcel Duchamp - In advance of the broken arm | 1915 | 132 cm | M.A.M, Paris

Man Ray - Le Cadeau | Original de 1921

 

 

 

*Hyper empolgado só pq ta mandando ver na facul em história da arte e pq quer se candidatar à mod desse fórum*

hauhauahua

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