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Mário Monteiro

China é responsável por 65% do comércio ilegal pela web na Europa

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China é responsável por 65% do comércio ilegal pela web na Europa

Relatório da Comissão Europeia mostra aumento de pirataria via internet.

Perucas, maquiagens e sapatos são alguns dos produtos mais vendidos.

 

As vendas de bens falsificados e piratas a consumidores europeus por meio da internet estão frustrando as tentativas de se conter o comércio ilegal, informou um relatório da Comissão Europeia nesta quinta-feira (22).

 

Três quartos dos embarques ilegais detidos pelos funcionários da alfândega da União Europeia em 2009 foram embarcados pelo correio ou via aérea, o que sugere que as vendas de itens ilegais via internet tenham crescido, de acordo com um relatório anual sobre fluxos ilegais de comércio preparado pelo departamento de tributação e alfândega do Executivo europeu.

 

Os números destacam que os falsificadores se concentram cada vez mais em vendas a indivíduos, em lugar de em embarques maiores para intermediários, um método de envio mais dispendioso e que pode ser rastreado com mais facilidade.

 

"Esse desdobramento é muito conveniente para o falsificador, que já não precisa computar o custo de entrega em seu modelo de negócios," disse o diretor de fiscalização de direitos de propriedade intelectual no serviço tributário da União Europeia, John Taylor, a jornalistas.

 

Entre os bens falsificados e piratas estão mais itens de uso domiciliar comuns do que tradicionais bens de luxo como relógios ou bolsas. Os funcionários da alfândega perceberam alta no comércio ilegal de perucas, maquiagem, sapatos e produtos de alisamento de cabelos vendidos via reembolso postal, especialmente para o Reino Unido e Irlanda.

 

Os recém-chegados ao comércio ilegal incluem o Egito, o ponto de remessa da maioria dos brinquedos interceptados pelos fiscais da União Europeia, e os Emirados Árabes Unidos, fonte de quase 75 % dos produtos médicos ilegais. A maioria dos alimentos e do álcool que entraram ilegalmente na União Europeia vieram da Turquia.

 

A China continua no topo da lista de países que conduzem o maior volume de comércio ilegal com a Europa, respondendo por quase 65% dos itens detidos. A União Europeia assinou um acordo com o país asiático no ano passado para combater o comércio ilegal, mas é cedo demais para avaliar seu grau de sucesso, disse Taylor.

 

"A Comissão e os países membros estão convencidos de que os resultados mais efetivos podem ser obtidos por meio da cooperação com as autoridades chinesas," disse.

 

Fonte: G1

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