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Mário Monteiro

Mozilla propõe novo modelo de 'senha universal' com dois cliqu

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Mozilla propõe novo modelo de 'senha universal' com dois cliques

BrowserID procura ser alternativa ao OpenID e Facebook Connect.

Modelo promete privacidade e acesso rápido, mas tem limitações.

 

Altieres Rohr Especial para o G1*

 

A Mozilla está testando o BrowserID, um novo modelo de “senha universal” – ou seja, uma senha que você pode usar em vários sites sem precisar se cadastrar em cada página separadamente. Nesse modelo, o usuário cede apenas um e-mail e uma senha. Sites que usam esse modelo podem fazer o login do usuário com apenas dois cliques – uma na página e um de confirmação do login. O modelo é uma alternativa ao OpenID – outro login universal. O detalhe é que você provavelmente já tem um OpenID, o que torna a universalidade da Mozilla “menos universal”.

 

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

 

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Uma das vantagens do BrowserID, da Mozilla, está na facilidade de uso, tanto pelos usuários como desenvolvedores de sites (Foto: Reprodução)

 

Os dois maiores provedores de senhas universais atualmente são o OpenID e o Facebook Connect, que permite logins com seu usuário do Facebook. Se você nunca ouviu falar no OpenID, talvez conheça o Google, o Yahoo, o MySpace, a AOL e o WordPress.com. Contas em qualquer um desses provedores de serviços podem ser usadas como logins do OpenID, desde que da forma correta. Por exemplo, o WordPress.com usa como login o endereço do blog cadastrado, o Google usa o endereço do Google Profile, e o Yahoo pode ser usado em interface separada ou com o endereço da galeria do Flickr.

 

Já o BrowserID da Mozilla sempre utiliza um endereço de e-mail como nome de usuário. Isso significa que os sites acessados terão acesso a essa informação. Para a Mozilla, o endereço de e-mail validado é importante para que sempre exista uma possibilidade de comunicação. Além disso, as pessoas estão acostumadas a utilizarem “identidades” no endereço de e-mail – um e-mail, pessoal, um para trabalho e assim por diante.

 

É claro que também existem limitações. Embora ainda seja apenas um experimento, o BrowserID não traz nenhuma informação sobre o usuário como endereço físico e a idade. Isso significa que sites que precisam dessas informações não terão muita utilidade para o BrowserID – o usuário terá de cadastrar essas informações separadamente em cada site que for usar. A única informação que será dispensada é a senha.

 

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Mesmo com o apoio de grandes provedores de internet, a reutilização de logins do OpenID ainda não faz parte da rotina da maioria dos internautas (Foto: Reprodução)

 

Outro problema é que o endereço de e-mail até pode ser válido – porque o BrowserID valida o e-mail antes de completar o cadastro –, mas isso não impede o endereço de ser genérico ou falso, criando uma falsa impressão para o site que aceitar essa plataforma. Será necessário criar mecanismos para rejeitar provedores de e-mail de modo a evitar contas fantasmas.

 

O OpenID hoje sofre do mesmo problema – e pior ainda, porque alguns OpenIDs não podem sequer fornecer o e-mail, como o BrowserID o faz, e apenas um nome de usuário que, em muitos casos, não diz nada sobre o internauta.

 

O BrowserID ganha em conveniência: basta dar um clique para fazer o login e outro para confirmar – você estará imediatamente logado. A Mozilla criou o site My Favorite Beer para demonstrar o BrowserID gravando o nome da cerveja favorita do internauta.

 

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Um cadastro é mais do que um usuário e uma senha – é todo o conjunto de informações que o site precisa para prestar serviços ao internauta (Foto: Reprodução)

 

Plano dos EUA

Tanto o BrowserID como o OpenID são muito menos ambiciosos que o plano de identidade dos EUA, que prevê um protocolo que deve permitir o acesso sem senha e, ainda assim, garantindo que mais informações estejam acessíveis para os sites, reduzindo a necessidade do preenchimento de qualquer informação de cadastro. Ou seja, uma loja on-line não terá de pedir seu endereço, você apenas precisa autorizá-la a ter acesso a essa informação.

 

O plano dos EUA pretende atingir esse objetivo sem sacrificar a privacidade do internauta, semelhante ao BrowserID, e quer permitir a existência de diversos provedores de identidade, cada um deles fornecendo informações diferentes – como é o caso do OpenID. Tudo isso sem um ponto central de falha ou controle do governo.

 

Por outro lado, o BrowserID e o OpenID são reais, enquanto plano norte-americano ainda é apenas um conjunto de ideias que ainda nem se sabe ao certo como serão realizadas na prática. Isso não significa que o BrowserID e o OpenID sejam úteis – muitos usuários ainda não usam essas plataformas e os sites que mais dependem de cadastros de usuários, como lojas on-line, provavelmente não vão querer adotá-los, já que terão de criar um cadastro próprio para o consumidor com as informações que necessitam.

 

É por esse motivo que muitos usuários estão usando mais o Facebook Connect do que o OpenID, apesar deste último ter sido criado em 2005. O Facebook consegue fornecer uma série básica de informações sobre seus usuários e os sites que o utilizarem sabem que podem contar com isso. No OpenID, não fica claro quais informações estarão disponíveis para o site.

 

O único modelo que realmente resolve esses problemas é o americano, mas ele ainda está muito longe de se transformar em realidade. Por enquanto é bom continuar tomando cuidado com suas várias senhas e até anotando-as em lugar seguro para não esquecer. É bem provável que elas ainda ficarão conosco por algum tempo e que a rotina de preencher formulários de cadastro não vai desaparecer.

 

*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.

 

Fonte: G1

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Vamos ver no que dá isso

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Mas que ter 13.237 senhas, uma para cada sítio é um saco, é.

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Em geral também é pura encheção de saco , um simples email para o SAC de uma empresa tem um cadastro que só falta pedir seu último exame de fezes escaneado, lá vai mais uma senha que você esquece.

 

Loja em geral eu já peço o "esqueci minha senha" direto.

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