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Revista INFO

[Resolvido] [Smartphones] L7 é o intermediário com Android 4.0

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3GAndroid 4.0.3MSM7227A 1GHz4GB + 4 GB (microSD)Tela de 4,3”Câmera de 5 MP122 g7h17min de bateria

 

 

 

Entre os campos ocupados pelos smartphones avançados e básicos, encontra-se uma área nebulosa povoada por aparelhos intermediários. O L7 da LG é um desses smartphones ambíguos. Como veremos a seguir, o hardware interno está longe de ser uma vantagem do L7. Por outro lado ele vai além do básico em vários pontos importantes, como a tela de boa qualidade e o sistema operacional atualizado (Android 4.0.3).

 

Na verdade, dizer que o silício do L7 não é uma vantagem é se valer de um eufemismo. O system-on-a-chip desse smartphone é um Snapdragon S1, mais especificamente o MSM7227A. Esse número de série indica a presença de um núcleo de processamento Cortex A5 rodando a 1 GHz e de um circuito de processamento gráfico Adreno 200, ambos componentes modestos para os padrões atuais.

 

A LG evidentemente desfavoreceu o system-on-a-chip para investir mais em outros aspectos do telefone. Isto não significa que o Android se sinta exageradamente constrangido nesse aparelho. O processador do L7 pode ser qualificado como um chip anêmico, mas ele é suficientemente competente para cumprir o que se espera de um smartphone. Ainda assim, persistem alguns atrasos ocasionais na interfaces, mesmo quando se tenta fazer algo tão simples quanto atender uma chamada. De fato, a CPU em si não fica muito atrás da concorrência de smartphones básicos e intermediários. O grande empecilho de desempenho está na GPU.

 

Na prática, a consequência mais flagrante do uso desse modelo de Snapdragon S1 é o suporte limitado à reprodução e gravação de vídeos. A esquálida GPU Adreno 200 não consegue lidar com filmes de resolução maior do que 480p. Se o usuário se restringir a assistir vídeos no próprio celular, a baixa resolução não é um problema. A frustração do usuário começa com a relação do smartphone com outros eletrônicos, como televisões e notebooks. Ser forçado a manter arquivos de vídeo de resolução diferente só porque o smartphone não acompanha os outros eletrônicos da casa. Contudo, se a intenção é simplesmente fazer upload para internet dos vídeos gravados no telefone, a resolução deixa de ser um aspecto tão importante.

 

Para resolver a questão do armazenamento, foram implantados no L7 4 GB de memória flash interna. Estes são complementados por um cartão microSD que oferece outros 4 GB. Trata-se de um bom número para um celular dessa categoria. Quanto à RAM, há apenas 512 MB no total. Considerando que o L7 utiliza um processador de apenas um núcleo e que o Android por si só já ocupa uma parte considerável da RAM disponível, não se pode esperar que esse aparelho consiga rodar muitos aplicativos simultaneamente.

 

Similarmente, o L7 não impressiona pelas conexões. Além dos indispensáveis microUSB e P2, ele se comunica com o mundo através de Wi-Fi, Bluetooth (versão 3.0), A-GPS e a rede 3G (HSDPA). Tudo que se espera de um smartphone está presente, sem surpresas negativas ou positivas.

 

A LG parece ter adotado uma estratégia que privilegia o software. Enquanto o processador do telefone é um tanto defasado, o sistema operacional não é nada menos que o Ice Cream Sandwich mais atualizado (Android 4.0.3) antes do eventual lançamento do Jelly Bean (Android 4.1). Em termos de interface, a customização do L7 introduziu poucas novidades ao Android comum. O que mudou mesmo é o visual, que lembra um pouco o Gingerbread (Android 2.3). Baseado em um esquema de cor mais claro, o L7 e outros novos smartphones da LG se destacam do restante dos aparelhos com Android.

 

 

 

As mudanças na interface são poucas, mas algumas delas merecem ser comentadas. Uma é a possibilidade de verificar a quantidade de memória que cada programa ocupa no próprio menu de aplicativos. Outra é o teclado que mistura letras e números em campos que aceitam a digitação de ambos (o campo “Para:” no menu de mensagem, por exemplo). As letras de “q” a “p” são associadas aos números de “0” a ”9”: conforme digitamos, uma janela logo abaixo oferece a troca das letras pelos números correspondentes.

 

Quanto aos aplicativos pré-instalados, encontramos o mesmo conjunto de programas supérfluos de sempre. Um deles, peculiar aos smartphones da LG, é a loja de aplicativos LG World que compete sem grande sucesso com o Google Play. Por outro lado, há também aplicativos muito úteis, como uma versão do Polaris Office que permite ler, editar e criar documentos do Office.

 

Mas o aplicativo mais interessante é o servidor de DLNA SmartShare. O player de vídeo nativo do L7 consegue reproduzir todos os codecs e formatos típicos de smartphones, além de exibir legendas de Xvid com todos os símbolos do português. O que o limita o player é a questão da resolução que comentamos acima. O SmartShare alivia parcialmente essa falta. Vídeos de resolução mais alta podem ser reproduzidos em outros aparelhos via DLNA, mas vale mencionar que vídeos em 1080p engasgam com certa frequência. Embora a qualidade de imagem não agrade muito, essa possibilidade torna o L7 um pouco mais útil do que a lista de especificações leva a crer.

 

Falando em vídeo, outro ponto positivo desse aparelho é a tela. Para um smartphone intermediário, o L7 dispõe de um painel LCD IPS de boa qualidade e tamanho (4,3”). Os ângulos de visão da tela são relativamente amplos e a cores são vivas. Claro, em um mundo que caminha para o 720p, uma tela de 4,3” com resolução de 800 x 480 pixels pode parecer pouco. No entanto, os pontos são quase indistinguíveis a qualquer distância razoável dos olhos. O som do aparelho não é tão impressionante quanto a tela, mas o mesmo vale para a esmagadora maioria dos smartphones.

 

Uma área em que o L7 definitivamente não se sai bem é a câmera. Também neste aspecto as desvantagens da utilização de um chip modesto ficam evidentes: ele só filma em 640 por 480 e as fotos não passam de 5 MP. Ainda que o único problema da fosse a resolução, a câmera do L7 não sairia ilesa de nenhuma análise. Os vídeos têm um aspecto desagradável principalmente por causa da bitrate baixa, que os torna especialmente ruins ao fixar cenas movimentadas. As fotos são um pouco melhores, mas têm problemas claros de superexposição e ruído. O L7 não é o primeiro e nem será o último smartphone intermediário com um câmera ruim, mas as expectativas sobre esse quesito têm crescido com o lançamento de aparelhos como o Galaxy SII Lite.

 

 

 

Se a câmera deixa uma má impressão, o visual faz o contrário, embora os materiais utilizados não sejam nobres. O design em questão parece ter sido inspirado pelo Galaxy SII, ou seja, é dominado por uma estética pragmática bem resolvida. O aparelho fica bem na mão e os controles são bem posicionados.

 

Dentro do desse corpo aloja-se uma bateria de 1.700 mAh. É provável que a display de bom brilho tenha prejudicado a duração desse componente que, no nosso teste de chamada, durou 437 minutos. Não é uma marca absolutamente ruim, mas poderia ter sido melhor, considerando que a configuração não é estelar.

 

É curioso observar um aparelho como o L7 sendo fabricado pela LG, que no passado teve pressa para adaptar novos processadores e outros tipos de hardware em seus computadores. Afinal, foram eles que produziram o primeiro smartphone dual core. De qualquer forma, o equilíbrio entre hardware e software alcançado com o L7 é louvável, ele prova que configuração não é tudo que importa em um celular.

 

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