Motta 645 Denunciar post Postado Outubro 29, 2012 Gigantes de tecnologia apostam em tablets e smartphones Saiba o que Facebook, Microsoft, Apple e Google estão planejando para o trimestre atual Microsoft, Google, Apple e Facebook tentam impressionar Ilustração/Arte O Globo RIO — O setor tecnológico chegou numa encruzilhada. É o que revela a temporada de resultados trimestrais de gigantes como Facebook, Apple, Google e Microsoft, seguida da reação de Wall Street e de críticas de especialistas. Números e análises “exigem" que as empresas redefinam seus negócios e direcionem estratégias para o ecossistema móvel, apontando, sobretudo, como vão ganhar dinheiro com isso. Não por acaso, nos últimos dias, em paralelo ao anúncio de prejuízos ou lucros bilionários, companhias do setor realizaram lançamentos apoteóticos, como o do iPad mini e o do Windows 8, em demonstrações explícitas de que apostam suas fichas e seu futuro no mercado mobile, onde brilham tablets e smartphones. O Facebook registrou prejuízo de US$ 59 milhões no terceiro trimestre, em linha com as previsões. Mesmo assim, suas ações dispararam 20%. A explicação: a rede social conseguiu elevar para US$ 150 milhões a receita com publicidade para dispositivos móveis, uma surpresa para os investidores. A Google, por sua vez, com lucro de US$ 2,18 bilhões, decepcionou ao não atingir as expectativas e viu seus papéis despencarem 9% em poucas horas. Para analistas, a preocupação está na transição da gigante de buscas para o universo mobile. — Houve o declínio do preço por clique pelo quarto trimestre consecutivo, após subir oito trimestres seguidos. Isso é negativo. É o problema com os dispositivos móveis — avaliou Colin Gillis, analista da BCG, referindo-se ao fato de a publicidade para desktops ser mais cara do que para tablets e smartphones. A Microsoft, maior fabricante mundial de softwares, viu seus lucros encolherem 22% em comparação ao terceiro trimestre de 2011, de US$ 5,74 bilhões para US$ 4,47 bilhões. Analistas “culpam” os PCs, cujas vendas caíram 8,6%, segundo o IDC. Já a Apple lucrou US$ 8,2 bilhões, pouco abaixo das expectativas, e o mercado reagiu mal, com os papéis sendo negociados na sexta-feira abaixo dos US$ 600 pela primeira vez em três meses. A maior decepção foi com o iPad. Em três meses foram vendidos 14 milhões, ante previsão de 15,3 milhões. Correndo por fora, a coreana Samsung divulgou o quarto lucro trimestral recorde, de US$ 7,4 bilhões, graças ao aumento nas vendas de tablets e smartphones da linha Galaxy. Facebook procura modelo para lucrar com publicidade O Facebook mostrou que está seguindo o caminho esperado pelo mercado ao aumentar sua receita com publicidade em dispositivos móveis. Desde a oferta pública inicial (IPO, em inglês) em maio, o desafio da empresa é mostrar que é capaz de monetizar os 604 milhões de usuários que usam smartphones e tablets para acessar a rede social. De acordo com o gestor de Performance e Métricas da Exa Multimídia Igor Martins, a tendência é que a empresa melhore ainda mais esses resultados. — O Facebook ainda não conseguiu achar um modelo que dê resultados, mas a plataforma deles é boa. É questão de tempo até encontrarem a forma ideal — avalia. Nos últimos meses, a empresa implementou diversas ferramentas com o intuito de facilitar que anunciantes alcancem os consumidores. Segundo Martins, o principal uso dos smartphones hoje é o acesso a redes sociais e, com a massificação desses aparelhos, o Facebook deve focar nessas soluções. O presidente-executivo da rede social, Mark Zuckerberg, sabe disso e, durante a apresentação dos resultados trimestrais, na quinta-feira, afirmou que o usuário mobile é cada vez mais importante para a empresa. — Na verdade, nós estamos melhor posicionados em dispositivos móveis do que estávamos em desktops — disse. Microsoft se ‘reinventa’ com o Windows 8 Com sistema focado em dispositivos móveis companhia pretende buscar espaço entre Android e iOS Pressionada com as previsões de queda nas vendas de computadores pessoais, a Microsoft foi forçada a se reinventar e, na quinta-feira, ao lançar o Windows 8, deu seu primeiro passo entre os dispositivos móveis. O software foi desenvolvido pensando na integração entre as máquinas — PCs, tablets e smartphones —, mas vai ter que provar que pode disputar com os sistemas iOS, da Apple, e Android, da Google. — Ainda não é possível avaliar se ele vai ter sucesso ou não, mas a Microsoft tem o costume de sair por último e fazer melhor — diz André Lima, coordenador pedagógico do Infnet. Além do novo sistema operacional, a companhia mostrou o Surface, tablet que promete unir a mobilidade com a capacidade de processamento dos PCs. É a primeira vez que a Microsoft produz o próprio hardware, mostrando um novo posicionamento ao mercado. — Não é da política da empresa a construção de hardware. Ela teve que fazer isso para se reposicionar no mercado — avalia Jackson Laskoski, diretor técnico da ConexTI. O desempenho da “nova” Microsoft ainda gera incertezas. O analista Bruno Freitas, do IDC, aponta que os tablets com Windows 8 podem ocupar um espaço que os rivais ainda não conseguiram alcançar: o setor corporativo. Segundo ele, a maioria das empresas funciona com o ambiente Windows e, por isso, a adoção pode ser facilitada. A Microsoft tem ainda uma carta na manga. Depois do sistema operacional e do tablet, a companhia agendou para hoje um evento sobre smartphones, completando a série de produtos para o segmento móvel. Apple amplia linha de iPads para se manter no topo A Apple, que iniciou a onda dos tablets ao lançar o iPad em 2010, começa a ver o seu reinado ameaçado por concorrentes, principalmente o Kindle Fire, da Amazon, e máquinas que rodam o sistema Android, da Google. Para completar a sua coleção de produtos, lançou na terça-feira passada o iPad mini, com tela de 7,9 polegadas, que se posiciona entre o iPod touch e o iPad tradicional, dando ao consumidor mais opções de preços e tamanhos. — O Android tem muitos dispositivos menores como opções ao iPad. Essa versão menor do tablet é uma defesa, ou um ataque, contra esses competidores — avalia Bruno Freitas, analista da consultoria IDC. No terceiro trimestre, a companhia fundada por Steve Jobs vendeu 14 milhões de iPads. O produto continua sendo o líder do segmento, mas a diferença em relação a outros players diminuiu. De acordo com a Strategy Analytics, nos três meses a participação da Apple caiu de 64% em 2011 para 57% neste ano. E a competição tende a aumentar. Além da Google, a empresa terá que enfrentar a Microsoft, que lançou o Windows 8 e trouxe para o segmento de tablets diversos parceiros do mercado de desktops que buscam recuperação. Para mostrar que está pronta, a Apple anunciou a quarta geração do iPad, com processador duas vezes mais rápido, conector lightning e câmera frontal HD, dois dias antes do evento da rival. — A Apple está olhando esse movimento com atenção. A apresentação dos novos produtos na mesma semana que a Microsoft tem um ar de provocação. São duas gigantes — diz Freitas. Google investe em hardware próprio para o Android Nos últimos anos, a Google tem buscado diversificar seu campo de atuação e vem se dando bem. Em 2010, lançou o Android para dispositivos móveis. O sistema operacional é líder entre os smartphones e avança entre os tablets. Em maio, concluiu a aquisição da Motorola Mobility e, em parceria com a Asus, lançou o Nexus 7 em julho. Nesta segunda-feira, a empresa tinha um evento agendado em Nova York para, segundo rumores, apresentar um smartphone, uma nova versão do Android e um tablet de 10 polegadas. Mas cancelou por causa da chegada do furacão Sandy à região, e ainda não marcou nova data. — A Google era focada no sistema operacional, cada fabricante empacotava da maneira que queria. Por um lado, era bom, por causa da diversificação, mas ela sentiu necessidade de dar um corpo para a alma — diz Jackson Laskoski, diretor técnico da ConexTI. A Google deve seguir por esse caminho, de fabricar hardwares desenvolvidos para o sistema operacional, dando aos consumidores um produto pronto, assim com a Apple faz com iPhones e iPads. Segundo Laskoski, ao casar hardware e software, a empresa consegue dar ao consumidor um produto de mais qualidade e se posiciona frente aos concorrentes no mercado. — Com os lançamentos da Apple e da Microsoft, a Google tem que se mexer para continuar bem no segmento — diz Laskoski. Porém, a gigante de buscas também precisa se preocupar com a perda de valor do custo por clique, sua principal fonte de receita. O preço por anúncio caiu nos últimos quatro trimestres, por causa da migração de usuários e anunciantes para os dispositivos móveis, que não conseguem alcançar os valores cobrados pela publicidade em desktops. Fonte : O Globo Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
hinom 5 Denunciar post Postado Outubro 30, 2012 Experimentei hoje o tablet "super híbrido" da . É show de bola.A pontuação no Windows Experience Index é de 5.5. O preço é inviável.. mantiveram o preço anunciado em Junho, 150 mil ienes (1800 usd). Melhor aguardar os outros fabricantes que prometem no máximo 80 ~ 100 mil ienes (1000 ~ 1200 usd) A Apple teve a chance de dominar o setor.. infelizmente eles mantem uma "política narcisista". A Microsoft tem uma grande oportunidade de dominar os tablets e similares.. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Motta 645 Denunciar post Postado Outubro 30, 2012 "política narcisista" Excelente definição da filosofia Apple. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites