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Mário Monteiro

Vírus evitou registro de falhas em avião que caiu e matou 154 pessoas

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Vírus evitou registro de falhas em avião que caiu e matou 154 pessoas

Códigos malicioso interferiu com sistema que contabilizava falhas.

Acidente ocorreu em 2008 no aeroporto de Barajas, na Espanha.

 

Do G1, em São Paulo

 

O computador central responsável por registrar falhas dos aviões da companhia aérea Spanair foi impedido de contabilizar o número de problemas de uma aeronave em 2008 porque estava infectado com vírus do tipo cavalo de troia, segundo reportagem publicada na edição desta sexta-feira (20) do jornal “El País”. No mesmo ano, em 20 de agosto, o avião acabou sofrendo um acidente durante decolagem no aeroporto de Barajas, em Madri, matando 154 pessoas.

 

Se estivesse funcionando corretamente, o sistema poderia ter impedido o processo de decolagem, já que, pouco antes do avião partir, foi registrada uma falha técnica em um sensor da aeronave. A mesma falha havia se manifestado duas vezes no dia anterior. Se estivesse funcionando normalmente, o computador teria acusado a repetição, alertando técnicos da companhia. O sistema, no entanto, estava infectado, e não registrou as ocorrências da véspera do acidente.

 

Ainda de acordo com o jornal, o juiz Juan David Perez, responsável pelo caso, já solicitou que a Spanair forneça os dados relevantes sobre a possível infestação do cavalo de troia. O processo já acumula 12.000 páginas.

 

A situação foi agravada pelo atraso de cerca de 24 horas para registrar cada falha encontrada pela companhia. Dois erros foram registrados no dia anterior ao acidente. No dia do acidente, quando os mecânicos tentaram inserir no banco de dados um problema detectado pelo comandante da aeronave, eles não teriam conseguido realizar a operação devido a erros causados pelo código malicioso, segundo as informações mais recentes obtidas pelo jornal espanhol.

 

O acidente ocorreu em 20 de agosto de 2008 no aeroporto de Barajas, em Madri. A aeronave MD-82 com destino às Ilhas Canárias abortou uma decolagem depois de o comandante perceber uma falha em um sensor. Quando foi novamente decolar, a aeronave saiu da pista, partiu-se ao meio e explodiu. Os 18 sobreviventes foram atirados para fora do avião, e 154 pessoas morreram carbonizadas.

 

Fonte: G1

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o juiz Juan David Perez, responsável pelo caso, já solicitou que a Spanair forneça os dados relevantes sobre a possível infestação do cavalo de troia.

Pois é, tem que mostrar os detalhes. Só falar que foi culpa de um vírus é fácil...

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