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Mário Monteiro

Ranking com seis capitais mostra Fortaleza com melhor banda larga

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Ranking com seis capitais mostra Fortaleza com melhor banda larga

Camilla Costa

Da BBC Brasil em São Paulo

 

Um estudo realizado pela empresa americana de tecnologia Cisco, pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e pela de Oviedo, na Espanha, revela que Fortaleza é, entre seis capitais brasileiras pesquisadas, a que tem a melhor internet de banda larga.

 

Em seguida, vêm Brasília, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A eficiência do serviço nas outras capitais não foi aferida.

 

Divulgado divulgado nesta segunda-feira, o estudo mediu a qualidade da banda larga em 239 cidades de 72 países, que também foram avaliados de acordo com a penetração do serviço.

 

Para aferir a qualidade, a pesquisa levou em conta as velocidades de download e upload de arquivos e o tempo de latência, ou seja, de transmissão e recepção de sinais (na prática, o tempo entre dizer algo e ser ouvido por outra pessoa numa conversa pela internet, por exemplo).

 

No ranking geral, o Brasil ficou na 42ª posição, caindo sete posições em relação a um mesmo estudo, feito em 2008. Na ocasião, porém, havia 13 nações a menos na lista.

 

Líder do ranking no último estudo, a Coreia do Sul manteve a posição e aumentou a vantagem em relação aos demais países. Atrás dela vêm Hong Kong, Japão, Islândia, Suíça, Luxemburgo e Cingapura.

 

Entre os países onde a penetração da banda larga mais aumentou se destacaram Emirados Árabes Unidos, Malta, Chipre, Irlanda e Grécia.

 

Banda larga no Brasil

Segundo Fernando Gil de Bernabé, diretor-sênior da Cisco, a pesquisa mostrou que 21% dos lares brasileiros têm banda larga. Em 2008, eram 16%.

 

Ele diz que, apesar do progresso, que segue a média dos outros países, o Brasil não deu um grande salto no número de pessoas com acesso a serviços de banda larga, como aconteceu nações do Oriente Médio, nem na qualidade do serviço.

 

O Brasil tampouco está no grupo nos 14 países que, de acordo com a pesquisa, estão preparados para aplicativos que necessitarão de uma banda larga de maior qualidade nos próximos cinco anos.

 

O estudo prevê que, nesse período, e-mails, redes sociais, sites de vídeos e programas de conversa exigirão maior velocidade na recepção e transmissão de dados. Na pesquisa feita em 2008, somente o Japão estava preparado para os avanços que ocorreriam nos anos seguintes.

 

Competitividade e inovação

Associando o desempenho dos países aos seus níveis de desenvolvimento econômico, o estudo diz que os investimentos em banda larga se refletem em maior competitividade e inovação.

 

A pesquisa também cita países do leste europeu (entre os quais Bulgária, Hungria, Romênia e República Tcheca), destacando que, ao concentrar seus investimentos na instalação de redes de cabos e fibra óptica em suas principais cidades, ultrapassaram países mais ricos no quesito qualidade da banda larga.

 

Isso porque, nas nações desenvolvidas, a política mais comum tem sido aumentar o número de usuários do serviço, ampliando sistemas mais antigos e menos eficientes, como o DSL.

 

A pesquisa ainda aponta que 10% das pessoas com acesso à banda larga pelo celular já obtêm qualidade semelhante à de redes fixas, um avanço significativo em relação às últimas pesquisas.

 

Nesse campo, a Suécia, a Dinamarca, os Estados Unidos e a Espanha tiveram os melhores desempenhos.

 

Fonte: UOL Tecnologia

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