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Linux para desktop é um sonho que acabou

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Se fosse para o Linux conquistar de uma vez por todas o seu lugar ao sol, essa época teria sido em 2008; mas isso não estava nos planos do astral.

 

Estamos aqui reunidos para dar adeus às intenções do Linux de se tornar um sistema operacional para desktops competitivo.

 

Ele deixa para trás segurança, estabilidade e grandes avanços de usabilidade, de performance e de compatibilidade. Deixará, também, saudades e uma legião de fãs que, simplesmente, não vê mais porque usar o sistema, filho de Linus Torvald e do Minix, do Unix e de outros queridos membros da família *x.

 

Os últimos anos do Linux forma repletos de alegrias. Entre estas as transformações proporcionadas por seu filho Ubuntu, responsável por transformar a área de trabalho e por proporcionar uma agradável experiência aos usuários. Ubunto, 10.10, também ultrapassou aos primos Mac OS e Windows nos quesitos de segurança. Já em seu leito de morte, o Linux foi agraciado pela total e completa falha do Windows Vista e pelo surgimento dos Netbooks. Ainda assim essa transfusão de poderes não foi suficiente para elevar a participação do sistema além dos 1% no mercado de sistemas operacionais.

 

Mas o Linux não morreu completamente. Apesar das versões voltadas para desktop estarem vagando no limbo, ele permanecerá vivo na memória dos servidores, que, segundo um levantamento realizado pela Linux Foundation devem seguir consumindo o software livre mais que os seus primos ricos. Também continuará vivo em plataformas móveis, como é o caso do Android e em impressoras, em TVs e tablets.

 

Aqueles que esperavam ver no Linux uma saída das amarras comerciais impostas por companhias como a Apple e a Microsoft, queiram se sentar, pois vamos precipitar uma pá-de-cal sobre a mortalha do sistema operacional que podia ser encontrado até dentro de caixas de cereal CucrilhuX.

 

O Linux vacilou

 

Há alguns anos, tomado pela emoção, declarei que finalmente havia chegado a hora de o Linux ganhar seu merecido espaço, afinal de contas, o Ubuntu havia desenvolvido um ambiente desktop à prova de imbecis e de fácil instalação. Tão fácil de instalar quanto o dos concorrentes Mac OS e Windows. Até o crítico suporte a hardware, por anos um entrave no caminho de quem queria rodar o sistema do pingüim, havia chegado a um estágio avançado e assim, importantes empresas fabricantes de PCs, como a Dell, começariam a oferecer o Linux pré instalado em suas máquinas.

 

Ao mesmo tempo, o apreço dos usuários pelo Windows Vista havia chegado ao fundo do abismo. Para adoçar ainda mais a vida do Linux, estavam surgindo os netbooks, plataforma ideal para a dominância do SO. Então, se fosse para o Linux conquistar de uma vez por todas o seu lugar ao sol, essa época teria sido em 2008. Mas isso não estava nos planos do astral.

 

A Asus até que tentou, ao inundar o mercado com uma série de netbooks de baixo custo que traziam instalado o sistema Xandros, distribuição Linux que deixava muito a desejar. Para sorte da Microsoft e do Windows XP, outros fornecedores de PCs portáteis fizeram a mesma escolha infeliz quando chegada a hora de decidir qual distribuição Linux viria nas partições /dev/hda1 dos netbooks. Essa seleção pouco inteligente de distribuições Linux é um dos principais fatores que convenceram os usuários a migrar de volta para o XP ou abandonar essa esfera e entregar-se ao Mac OS.

 

Assim que o Windows 7 beta chegou aos balcões virtuais, em janeiro de 2009, o Linux não passava mais de uma lembrança.

 

(Robert Strohmeyer)

 

Por que logo nas distribuições desktop?

 

Que o Linux perdeu o embalo e deixou de alçar vôo é de domínio público. Todavia é necessário esclarecer o porquê disso, pois reina a confusão nos esclarecimentos providenciados por especialistas no assunto. O sistema não morreu porque era difícil de usar ou por ser obscuro, como bradam aos quatro ventos os analistas e autoridades de fóruns na Internet. O Ubuntu, aliás, é prova disso. Ele foi o principal responsável por trazer o Linux das trevas para a luz com recursos de usabilidade que o colocavam na mesma raia, lado-a-lado com o Mac Os.

 

O Linux para desktops está condenado em função de uma pobreza crítica de conteúdo. Essa escassez encontra seus fundamentos em outros dois motivos: a fragmentação dos sistemas Linux e a ideologia feroz que reina entre os membros das comunidades defensoras da plataforma livre.

 

As expectativas dos usuários de computador mudaram dramaticamente nos últimos anos. Ninguém mais se dá por contente com players de vídeo e de áudio que não executam os arquivos sem reclamar disso ou daquilo. DVDs e suporte a streaming de vídeo a partir de provedores como a Netfix são completamente indispensáveis a qualquer computador. Infelizmente as políticas de código aberto afundaram esses planos para a plataforma Linux.

 

“Eu sonho com o dia em que o software de código aberto atendas às expectativas de entrega de conteúdo dos usuários”, confessa o desenvolvedor de longa data e vice-presidente de marketing da empresa especializada em streaming de vídeo Brightcove, Jeff Whatcott. “Mas parece que esse sonho não vai se realizar”, diz.

 

“Fato é que a gestão de direitos digitais não permeia a planilha de intenções da comunidade de código aberto”, diz Whatcott. Se essa questão não for abordada com seriedade por parte do Linux e de seus usuários, a indústria não tem a menor intenção de incluir o Linux na lista de amigos. E, mesmo que a comunidade dê o braço a torcer, é vital que se entenda o comprometimento para lá de mafioso que reina na arena das patentes e que faz “das alternativas de código aberto uma plataforma pouco provável de receber atenção”, afirma Whatcott.

 

Algo parecido acontece com conteúdo Flash. Whatcott foi um dos responsáveis por trazer os formatos da então Macromedia, de que foi gerente de produtos, para o Linux. Ainda assim a qualidade da experiência dos usuários Linux é baixa.

 

A irrelevância dos sistemas Desktop

 

“A batalha entre aplicativos instalados em desktops e aqueles disponíveis na nuvem já tem um vencedor”, afirma o CEO da Particle Code, empresa voltada ao fornecimento de plataformas cruzadas para desenvolvedores de soluções mobile, Guy Ben-Artzi. “Tudo se move em direção da web. Se eu for escolher um rumo para o desenvolvimento do Linux, diria que o negócio é esquecer os aplicativos para desktop e procurar soluções off-premise (que rodam a partir da nuvem)”.

 

O CTO da Lookout, fornecedora de soluções como o antivírus para smartphones Android, Kevin Mahaffey, concorda com a opinião de Artzi. “O sucesso do Linux como sistema operacional desktop depende da experiência do usuário no ambiente virtual”, diz. No vácuo dessa alegação, Mahaffey emenda que “o HTML5 e sua expansão devem proporcionar aos usuários experiências sem igual outras plataformas”.

 

De acordo com todos os presentes (minhas fontes) no velório do moribundo Linux, o HTML5 é a única esperança para o sistema. Mas isso, só se a questão de gestão de direitos digitais for solucionada assim, em um passe de mágica.

 

Whatcott tem uma perspectiva para lá de inovadora. Segundo ele “o iOS pode salvar o Linux...indiretamente”. “A Brightcove (empresa de Whatcott) investe pesado no desenvolvimento de produtos voltados ao código HTML5, com foco voltado ao iOS”.

 

O futuro é mobile

 

“Esqueça o desktop”, adverte o diretor do departamento de código aberto da HP, Phil Robb, aos desenvolvedores Linux. “Se existe algum lugar para concentrar esforços, ele se chama plataforma móvel”.

 

Para Robb, os desenvolvedores deveriam se concentrar em áreas em que o Linux é realmente forte. “Ele já mostrou seu poder para dispositivos pequenos e móveis e é nesse segmento que deviam (os programadores) se concentrar. No mobile, a vitória é certa”.

 

A opinião de Robb tem fundamento. Muito antes de o Android surgir, a LG e outras companhias se voltaram ao Linux para equipar seus smartphones.

 

Ao mesmo tempo, o Linux surge como saída para dispositivos como as Web-TVs. Mas a relação do Linux com essas plataformas se distancia do modelo de código aberto, pelo qual é famoso. A customização dos sistemas nesses dispositivos não ultrapassa a configuração de menus.

 

Será o fim da linha?

 

Desde que Linus Trovald escreveu o primeiro Kernel em 1992, muita água passou por debaixo da ponte. O sistema melhorou e as distribuições ficaram mais abrangentes.

 

Mas chegamos a um ponto na trajetória do sistema operacional, em que as evidências contra a permanência do Linux em nosso meio são fortes. Mercado estagnado e falta de conteúdo jogam a favor dos rivais Mac OS e Windows, contra os quais o Linux não terá a menor chance.

(Robert Strohmeyer)

 

 

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2010/10/19/artigo-linux-para-desktop-e-um-sonho-que-acabou/

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Isto não é uma notícia, trata-se de um artigo... expressa única e exclusivamente a opinião do autor.

 

No artigo original há também uma segunda página, a qual você não incluiu no seu tópico...

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Engraçado...me esqueceram de avisar a comunidade acadêmica que o linux acabou... estranho né? Eu não sabia que o meu mandriva que estou usando agora não existe mais o0.

Sinceramente, este artigo parece uma jogada de maketing quem sabe.

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