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Mário Monteiro

Perícia encontra chats com Julian Assange em notebook de soldado

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Perícia encontra chats com Julian Assange em notebook de soldado

Bradley Manning é acusado de vazar dados de embaixadas dos EUA.

Registros de conversas podem complicar a posição de Julian Assange.

 

Altieres Rohr Especial para o G1

 

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O soldado americano Bradley Manning em foto não datada. (Foto: AP)

 

O governo dos Estados Unidos encontrou registros de conversa em um notebook usado pelo analista de inteligência Bradley Manning com um usuário identificado como “Julian Assange”. A descoberta das conversas, revelada na última segunda-feira (19), é a primeira evidência encontrada pelo governo norte-americano que liga o soldado a Julian Assange, representante mais conhecido do Wikileaks.

 

Manning é acusado de vazar os telegramas de embaixadas norte-americanas que foram divulgados pelo site Wikileaks. Ele revelou que realizou os vazamentos para o hacker Adrian Lamo, que por sua vez denunciou Manning às autoridades.

 

Além de servir como evidência contra Manning, os registros de conversa podem também ser usados contra Assange. Assange está sob investigação nos Estados Unidos, mas ainda não foi acusado de nenhum crime, já que meramente publicar documentos secretos obtidos por outras pessoas não é considerado um crime. Se for confirmado que Assange foi de alguma forma cúmplice de Manning, ele poderá ser processado nos Estados Unidos.

 

As provas foram apresentadas em uma audiência que irá determinar se Manning irá ou não para corte marcial, na qual responderá por 22 crimes envolvendo o abuso de sua posição como analista de inteligência para o exército.

 

Registros no computador

Os registros das conversas foram encontrados pelo especialista Mark Johnson, que trabalha como prestador de serviços para a ManTech International, uma parceira da divisão do exército norte-americano que investiga crimes digitais. Johnson encontrou cerca de 15 páginas de conversas em “espaço não-alocado” no disco rígido do MacBook de Manning.

 

Em outras palavras, o soldado já havia apagado os arquivos. Os registros também estavam codificados, mas a senha era a mesma usada no login do MacBook, que era “TWink1492!!”.

 

O nome de Assange aparece ligado no software Adium, um programa de mensagem instantânea usado por Manning. Assange estaria usando o e-mail “awgnetwork@jabber.ccc.de” em um serviço de chat via Jabber prestado pelo Chaos Computer Club (CCC), uma associação de especialistas em tecnologia da Alemanha.

 

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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em entrevista em Londres (Foto: Reuters)

 

Outros registros de conversa descobertos no computador mostram Manning admitindo ser o responsável pelo vazamento do vídeo que com um helicóptero norte-americano atirando em jornalistas da agência de notícias Reuters, que morreram.

 

Johnson ainda observou que muitos dados não puderam ser recuperados porque Manning iniciou uma operação de “zerofill” no disco rígido, em que todos os dados são realmente apagados e todos os blocos do disco são substituídos por “zeros”. Manning havia configurado o software para realizar a operação 35 vezes para certificar que todos os dados foram apagados. Essa operação foi cancelada, no entanto, e realizada apenas uma vez. Mesmo assim, todos os dados recuperados por Johnson foram criados depois desse procedimento.

 

Fonte: G1

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