[Resolvido] As lições tiradas e o que de melhor aconteceu no DNAD

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Nos dias 01 e 02 de junho, estive em São Paulo no evento .NET Architects Days 2012. Já tinha ouvido falar (bem) do evento, mas ainda não tinha me programado para participar. Dessa vez eu consegui, e posso afirmar que gostei muito do que vi e ouvi. A seleção dos palestrantes foi de uma felicidade ímpar. Organização, pontualidade e a clareza na prestação de contas também foram outros pontos altos que merecem destaque.

 

Em um evento tão bom fica difícil destacar somente alguns pontos. Contudo, vou pontuar os que mais se destacaram na minha opinião:

 

1) Foco na resolução do problema, independentemente da (sua) tecnologia

A consagração de algo em que eu realmente acredito que é o foco na resolução do problema independentemente da sua tecnologia favorita. Nós (quase) sempre tendemos a escolher a nossa linguagem de programação favorita, o nosso SGBD (Sistema Gerenciador de Banco de Dados) predileto, e por aí vai. A tendência é que tenhamos cada vez mais equipes multidisciplinares com condições de apresentar soluções que melhor atendam aos clientes. Nada de encaixar o problema na sua solução, e sim encontrar a solução para o seu problema.

 

É óbvio que os especialistas em determinadas tecnologias são e ainda serão bem vistos por muito tempo, mas o profissional não deve fechar os olhos para o que está acontecendo no mundo da tecnologia, e a busca de conhecimento deve ser constante.

 

Profissional C# não pode ?torcer o bico? para soluções que se apresentem melhor em Java ou vice-versa e, para os DBAs, um recado: banco de dados relacional não é bala de prata. Olho nos bancos noSQL. Soluções como Facebook e Twitter utilizam esse tipo de banco de dados.

 

2) Competências do novo desenvolvedor web

Cada vez mais, estamos vendo a junção de duas profissões que durante muito tempo foram vistas como completamente distintas: Web Developer e Web Designer. O que antes era muito comum ficar a cargo de um Web Designer, hoje é facilmente solicitado a um Web Developer.

 

HTML5, JavaScript, CSS3, Web Standards e REST são apenas algumas das disciplinas que esse novo Desenvolvedor WebB deve conhecer e, se possível, dominar.

 

Giovanni Bassi propôs em sua palestra um MANIFESTO que vai ao encontro do que citei acima:

 

• Menos linguagem, mais JavaScript;
• Menos arrastar e soltar, mais HTML na mão;
• Menos poluição, mais CSS;
• Menos HTML para design, mais semântica.

3) Boas (e obrigatórias) práticas de desenvolvimento

3.1) TDD (Test Driven Development): desenvolvimento guiado por testes não é mais luxo, é obrigação. Não há mais espaço para desenvolvimento de uma solução decente sem a aplicação de TDD. Para quem nunca ouviu falar sobre o tema, indico o livro TDD Desenvolvimento Guiado por Testes, de Kent Beck, Editora Bookman. Leitura boa e de fácil absorção.

 

3.2) Código limpo: escrever código bom e limpo não quer dizer escrever código complicado e bonito. Ele deve ser escrito de forma que sua manutenção seja facilitada. Se seu código precisa de muito comentário, fique atento.

 

3.3) Cada projeto no seu galho: não extrapole as responsabilidades de um projeto. Não crie monstros que povoarão suas escassas horas de sono. Se necessário, crie pequenos projetos com suas responsabilidades bem claras e definidas.

 

Obviamente, os pontos aqui levantados e suas aplicações devem ser considerados pela realidade vivida por cada time. O melhor de tudo é conhecermos o que existe e sabermos se isso se aplica ao nosso dia-a-dia.

 

Eventos como DNAD devem constar no calendário dos profissionais de TI, pois nesses espaços temos como sair do nosso ambiente e fazer jus a frase: ?Penso, logo existo.?.

 

Eu acredito que siglas, tecnologias e metodologias vêm e vão, mas as boas práticas e principalmente os bons profissionais ficam.

 

 

 

http://imasters.com.br/artigo/24767/dotnet/as-licoes-tiradas-e-o-que-de-melhor-aconteceu-no-dnad-2012